data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
O Conselho Universtiário (Consu) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aprovou, na sexta-feira, a resolução que dá à instituição a chance de ter o seu próprio Parque Tecnológico. Mas o que isso significa? É a possibilidade real de a universidade dar uma mudança no leme e trilhar um caminho de desenvolvimento pleno e, principalmente, de se oxigenar.
Com o Parque Tecnológico, UFSM tem a chance de fazer a coisa certa
A UFSM deu o primeiro passo para ingressar no que há de mais desenvolvido e moderno em termos de economia criativa: transformar conhecimento em produtos e serviços.
Ainda que com atraso, a universidade consegue frear o lobby sindical e estudantil, tão prejudicial à universidade. Além de romper com uma mentalidade fechada e limitada de alguns professores e pesquisadores que, até então, se achavam donos do pensar e da forma de como se deveria conduzir a produção científica do lado de dentro do arco. Mestres e doutores, ainda que em número muito reduzido, com medo do que seria (e será) uma abertura e de uma aproximação efetiva do mercado.
BOLHA
Ou seja, imersos em bolhas e em produções - muitas vezes inócuas e sem qualquer retorno real à sociedade - e, o pior, sem a vivência do mercado e de como se dá a aplicação do conhecimento na prática. Teoria sem prática de nada vale, todos sabem disso. Ao menos, deveriam saber.
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É cômodo e fácil ficar trancafiado em laboratórios sem qualquer cobrança e sem algo que só o mercado proporciona: a competitividade, que rompe com o ciclo da acomodação.
O ganho à UFSM, que em 2020 se torna uma senhora sexagenária, é que ela se reciclará e se atualizará ainda mais. A grandeza e a importância da universidade se evidenciarão ainda mais com um espaço próprio. Com o Parque Tecnológico, teremos todo o chamado ecossistema em sinergia.
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Empresas de base tecnológica trabalhando em parcerias com empresas públicas e privadas. Tendo os principais players do mercado dentro da universidade. Ou seja, professores, alunos e laboratórios desenvolvendo tecnologia de ponta e tudo tendo reflexos à economia da metade sul do Estado. É receita à UFSM, verba à economia como um todo e, o principal, geração de emprego e renda.
A aprovação por parte do Consu da resolução, que cria o Parque Tecnológico da UFSM, representa o começo de um novo ciclo de desenvolvimento para a universidade que, inclusive, deixará de ficar, a médio e longo prazo, tão refém de repasses do governo federal. Ou seja, se caminha em direção a uma maior autonomia financeira.